Destino de cães quando você não compra
Eduardo Antunes
Introdução
Temos visto recentemente algumas pessoas preocupadas com as orientações dadas por diversos criadores sérios, veterinários ou pessoas com mais conhecimento quanto a compra de filhotes de locais não indicados. A preocupação se dá com o futuro de eventuais filhotes não vendidos, qual seria? Bem, temos vistos alguns cenários ao longo do tempo que, talvez, elucide um pouco do destino desses filhotes e, eventualmente, dos pais.
Quando fabricantes de cães, de qualquer raça, produz filhotes e os colocam a venda tem como o objetivo o lucro o mais rapidamente possível. Portanto a colocação deles em ambientes perigosos acabam sendo constante e, por consequencia, a morte de muitos também se torna comum. Toda vez que a venda não é realizada e o filhote tem que voltar, o risco de morte aumenta. Se o fabricante conseguir vender rapidamente o filhote, ele terá sua recompensa rapidamente. O comprador pode levar para casa um cão que pode dar bastante dor de cabeça em seguida, gerar custos altíssimos e ainda terá o risco de óbito em poucos dias.
"Ah! Mas eu conheço um que foi comprado em feira e não aconteceu nada!". Realmente, existem casos em que não ocorrem nada, mas esses casos isolados de sucesso não provam que, com a maioria, os problemas são muitos. Verifiquem com os vet's o que ocorrem logo após uma feira surgir na cidade.
Quando um desses fabricantes vende rapidamente os cães de uma determinada raça ele e obteve um bom lucro, ele vai colocar a fêmea novamente para produzir no próximo cio, ignorando a recomendação do pulo de cio. Além disso, significa aumento de plantel. Novas fêmeas serão adicionadas ao plantel e quanto antes serão colocadas para criação.
Quando os filhotes não vendem mesmo após várias visitas ao local de venda ou mesmo quando não surgem interessados, esses fabricantes devem eliminar os custos, como? Tomando qualquer ação. Geralmente acabam terceirizando a venda para um pet ou outro vendedor. No "pior dos casos" uma doação é feita. Não temos visto problemas na doação de cães de raças puras sem problemas de saúde evidentes. A eutanásia dos filhotes nunca foi observada por mim e, entendo, que isso não deva ocorrer, pois também envolve custos ou porque não traz nenhum benefício ao fabricante. Já vi casos em que há uma doação em que o pagamento seria uma ninhade futura do cão.
Quando a raça não é mais comercialmente viável, o fabricante se desfaz dos animais, através de doação ou abandono. Entretanto essa ação poderia ocorrer mesmo se a raça for viável, mas se o animal já estiver velho para criação. Logo, se a raça se tornar ruim para o fabricante, melhor para o cão. Mais novo, maiores as chances de encontrar um bom lar.
Isso que nem menciono as condições de vida desses animais e cuidados dados geralmente são o pior possível. Rações de péssima qualidade, locais sujos e apertados, cães extremamente estressados, cuidados veterinários mínimos, etc.
Portanto, compra filhotes de locais assim só tem o seguinte resultado: fabricação de mais filhotes, uso intensivo das cadelas, amplianção de cães fora do padrão, portanto com saúde e temperamentos duvidos, contribuição para uma qualidade de vida pre´caria dos cães, etc. Não há nenhum ganho. Iss que nem mencionamos que os cuidados com os padreadores tendem a serem sempre negligenciados.
Logo, a máxima continua valendo, compre de locais idôneos. Que tratam os cães com os devidos cuidados. Que são respeitados e tem condições de vida adequadas.
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